3 de março de 2011

Sobre o construtivismo

Quem foi o pai da idéia: o bió­logo suíço Jean Pia­get (1896-1980).

O que diz: segundo Piaget, o pen­sa­mento infan­til passa por qua­tro está­gios, desde o nas­ci­mento até o iní­cio da ado­les­cên­cia, ­quando a capa­ci­dade plena de racio­cí­nio é atin­gida. Assim, a criança cons­trói o conhecimento a par­tir de suas des­co­ber­tas, ­quando em con­tato com o mundo e com os obje­tos. Por isso, não ­adianta ensi­nar a um aluno algo que ele ainda não tem con­di­ções inte­lec­tuais de absor­ver. Ou seja, o tra­ba­lho de edu­car não deve se limi­tar a trans­mi­tir con­teú­dos, mas a favo­re­cer a ati­vi­dade men­tal do aluno. Por isso, impor­tante é não ape­nas assi­mi­lar con­cei­tos, mas tam­bém gerar ques­tio­na­men­tos, ­ampliar as ­idéias.

Onde está o foco: no aluno e em suas ope­ra­ções men­tais.

Qual é o papel do pro­fes­sor: obser­var o aluno, inves­ti­gar quais são os seus conhe­ci­men­tos pré­vios, seus inte­res­ses e, a par­tir dessa baga­gem, pro­cu­rar apre­sen­tar diver­sos ele­men­tos para que o aluno cons­trua seu conhe­ci­mento. O pro­fes­sor cria situa­ções para que o aluno che­gue ao conhe­ci­mento.
Como se ­aprende: expe­ri­men­tando, viven­ciando.

Como se intro­duz um novo con­ceito: para falar em mul­ti­pli­ca­ção, por exem­plo, o pro­fes­sor pode apre­sen­tar uma seqüên­cia de somas, até que o aluno che­gue ao con­ceito da mul­ti­pli­ca­ção. Nada de deco­rar ­tabuada. Ou, para apre­sen­tar for­mas geo­mé­tri­cas, o pro­fes­sor dará aos alu­nos ­vários mate­riais, eles farão dese­nhos e obser­va­rão figu­ras até per­ce­be­rem o cír­culo, o qua­drado, o triân­gulo, etc.

Quais são os refle­xos na sala de aula: há menos inter­fe­rên­cia do pro­fes­sor, que res­peita as fases do aluno e pro­cura cor­res­pon­der aos seus inte­res­ses. As salas têm mais obje­tos para manu­sear, mais mate­rial, como blo­cos lógi­cos, figu­ras, etc. As cor­re­ções não acon­te­cem de modo ime­diato, pois os erros são con­si­de­ra­dos parte do pro­cesso de apren­di­za­gem.

Que tipo de indi­ví­duo ­espera-se for­mar: pes­soas com auto­no­mia. Gente que inte­rage com o meio, que tem ­idéias pró­prias e é capaz de criar, com uma visão par­ti­cu­lar do mundo.

http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/materias_295360.shtml?page=page1

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